quarta-feira, 25 de maio de 2011

EDUCAÇÃO EM PAUTA!!!


Esse vídeo da professora Amanda Gurgel, residente na capital do Estado, foi motivo de muito debate e reflexão no país durante essa semana acerca das políticas educacionais, e em especial, da política salarial do professor. É, portanto, um material que deve ser visto e analisado pelos alunos do curso de pedagogia, para dele tirar encaminhamentos discussivos em salas de aulas. Não basta apenas que levemos as discussões para as bases salariais, mas para a qualidade da educação que estamos produzindo.

É indiscutível que a política salarial do magistério em nosso país é vergonhosa, mas mais vergonhoso ainda, são os resultados produzidos pela educação nacional. E em especial o número de analfabetos, para termos uma ideia, segundo dados do IBGE (1996), o número de analfabetos no Brasil no ano de 2001 era de 16.294.889. Nesse sentido, é importante também, analisarmos os dados de evasão e repetência das duas regiões brasileiras de maiores percentuais, no Norte, 27,3%; Nordeste, 27,5%.

Quanto à questão da distorção idade/série, em 2001, dados do IBGE, na 5ª série, 50% dos alunos matriculados estavam em distorção idade/série, o que representaria dizer que apenas metade dos alunos matriculados na 5ª série no Brasil, estavam em idade certa para cursar a série, entre 10 e 11 anos; e podemor ir mais longe em nossa análise, na 8ª série, no mesmo ano, 45,7%;  na 1ª série do ensino médio, 5,8% e na 3ª série, 50,8%.

Diante desses números, é muito importante que os nossos governantes considerem o grito de socorro da professora Amanda Gurgel, que faz em nome da escola pública, e nós enquanto estudantes do curso de pedagogia e professores, que possamos refletir e analisar até onde estamos contribuindo para que esses dados vergonhosos mostrem o resultado de nosso trabalho. Será que todos esses dados negativos se justificam pela questão salarial?

E por fim, a remuneração dos professores, além de ser muito baixa, registra claramente as desigualdades regionais, não havendo um piso nacional que seja realmente cumprido e respeitado, tampouco uma carreira unitária docente, ficando os professores a mercê dos condicionantes econômicos das regiões, Estados e municípios. Os docentes do Nordeste, em todos os níveis, têm os menores salários, conforme tabela que segue:

Unidade da
Federação
Salário Médio dos Docentes (em R$)
Total
Educação Básica
Infantil
Ensino Fundamental
Ensino Médio
1ª  a  4ª
5ª  a  8ª
Brasil
529,92
419,48
425,60
605,41
700,19
Norte
456,52
322,01
360,77
586,37
735,46
Nordeste
297,18
195,00
231,17
372,41
507,82
Sudeste
686,31
587,00
613,97
738,57
772,09
Sul
558,98
464,96
460,12
594,44
683,03
Centro-Oeste
573,76
573,64
447,55
584,20
701,79

Fonte: MEC/INEP


As escolas também não oferecem boas condições físicas e tampouco estão aparelhadas para o trabalho escolar. em 2001, 44,4% dos alunos do ensino fundamental não tinha acesso à biblioteca e 62,4% a quadras de esportes.

 

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